segunda-feira, dezembro 22, 2008

Conselhos de fim de ano!



Faço minhas as palavras do sempre sábio Alan Sieber! Feliz 2009!

quarta-feira, novembro 12, 2008

35 anos de hip hop

E tudo começou com um par de toca discos...

Hoje é o aniversário oficial do hip hop, considerando a fundação da Zulu Nation (12/11/1973), primeira organização de hip hop, fundada por Afrika Bambaataa, que uniu os quatro elementos, nessa data deixo um salve a todos os amantes da verdadeira cultura HIP HOP e a palavra fica com o próprio pai da matéria: DJ Kool Herc!

"Quando eu comecei no DJing lá nos 70, era algo que a gente fazia por diversão. EU vim pela "escolah popular", da rua. Se o povo gosta de você, eles vão te ajudar e o teu trabalho vai falar por si. As festas que eu dei aconteceram e pegaram. Viraram um rito de passagem para os jovens do Bronx. Então a geração mais jovem entrou e começou a colocar seu estilo no que eu havia começado. Eu coloquei o alicerce, e todos os arquitetos começaram a colocar este e aquele andar. Logo, antes que a gente mesmo notasse, a coisa começou a desenvolver.
A maioria das pessoas me conhece como DJ Kool Herc. Mas quando eu me apresentava às pessoas, eu só dizia que meus amigos me chamavam de Herc. Mais tarde eles podiam perguntar: "Você é aquele Herc?". A minha coisa é: venha me conheça como eu sou. Minha cabeça não tá decepada, eu não tento enfrentar as pessoas. Se você gosta do que eu faço, se gosta de mim tocando música ou fazendo festas, hei, isso é o que eu faço pra meus amigos e o povo. Isso é o que eu sempre fiz.
Pra mim, hip hop diz, "Venha como você é". Nós somos uma família. Não é sobre segurnaça. Não é sobre bling-bling. Não é sobre o quanto sua arma pode atirar. Não é sobre tênis de U$$ 200. Não é sobre eu ser melhor que você ou vocÊ sendo melhor do que eu. É sobre eu e você, conectando um ao outro. É por isso que tem apelo universal. Deu ao jovem um jeito de entender seu mundo, não importa se estão no subúrbio ou no centro.
Hip Hop també criou muito empregos que de outro jeito não iriam existir. Mas ainda mais importante, eu acho que o hip hop fez uma ponte em uma brecha cultural. Aproximou jovens brancos e negros, marrons com amarelos. Todos eles têm algo em comum que amam. Ele passa dos estereótipos e pessoas se odiando por causa desses estereótipos.
As pessoas falam sobre os quatro elementos do hip hop: Djing, B-Boying, MCing e Graffitti. Acho que há muito mais do que isso: o jeito que você caminha, o jeito que fala, o jeito que olha, o jeito que se comunica. Na minha época, tinhámos James Brown, cireitos civis e black power, você não tinha pessoas se chamando de ativistas do hip hop. Mas essas pessoas hoje estão falando sobre sua época. Elas tem o direito de falar do jeito que vêm as coisas acontecendo.
Hip Hop é a voz dessa geração. Mesmo se você não cresceu no Bronx dos anos 70, hip hop está lá pra você. Virou uma força poderosa. Hip hop une todas essas pessoas, todas essas nacionalidades ao redor do mundo juntas.
Mas a geração hip hop não está fazendo o melhor uso do reconhecimento e da posição que tem. Nós percebemos quanto poder o hip hop tem? A geração hip hop pode ter uma posição coletivamente e fazer uma declaração. Há muita gente que está fazendo algo positivo, que estão fazendo hip hop do jeito que deve ser feito. Estão alcançando jovens, mostrando a eles o que o mundo pode ser : gente vivendo junta e se divertindo.
Mas muito frequentemente, aqueles que tem o maior reconhecimento são aqueles enfatizando o negativo. E acho que muita gente tem medo de falar dessas paradas. "Manter a real" (keep it real) virou só mais uma frase cansada. Soa legal. Mas tem sido prostituída e pervertida. Não é mais sobre manter a real. É uma questão de manter do jeito certo (keep right).
Por exemplo, rappers querem ser tão "bling-bling". Você tá mesmo vivendo uma vida de luxúria? VocÊ não tem outros problemas? Que coisas te tocam? É sobre isso que queremos ouvir os rappers falando. Comece um diálogo com o seu povo. Fale sobre coisas acontecendo na sua vizinhança.
Música é às vezes um remédio (uma fuga) pra realidade, e a única vez em que você consegue um diálogo é quando uma tragédia acontece. Quando Tupa, Biggie ou Jam Master Jay morreram foi quando as pessoas quiseram ter um diálogo. Era tarde demais. Não há pessoas suficientes usando o hip hop como uma forma de lidar com coisas sérias, como uma forma de tentar mudar coisas antes da tragédia atacar.
Nós temos o poder de fazer isso. Se Jay-Z sair um dia com a camisa de tal jeito ou LL Cool J sair com uma perna da calça enrolada, no outro dia todos estão fazendo a mesma coisa. Se decidirmos um dia dizer que não vamos matar alguém sem razão alguma, todos seguirão.
Eu não quero ouvir pessoas dizendo que não querem modelos de comportamento. Você pode já ter a atenção do meu filho. Vamos deixar isso claro. Quando eu digo pra ele, "Não ande desse jeito, não ande daquele jeito", você está andando daquele jeito e falando daquele jeito. Não seja como um traficante, como um assaltante qualquer. Corta essa merda. Isso é fuga. Essa é a saída fácil. Você tem a atenção das crianças. Eu estou te pedindo pra me ajudar a criá-los.
Você pode estar vivendo bem. Mas se você sair da vizinhança, havia alguém pra te guiar lá quando você precisou, alguém que disse, "Filho, aqui estão dois dólares". Você pode ter nocauteado o guetopra sair dele, mas o que fez pelo gueto ultimamente? COmo você pode sair do nada pra ser algo, e ao mesmo tempo, continuar se sujando pra ter isso tudo?
Hip Hop sempre foi sobre se divertir, mas é também sobre ter responsabilidade. E agora temos um palanque para falarmos por nós mesmos. Milhões de pessoas estão nos olhando. Vamos ouvir algo poderoso. Falar às pessoas o que elas precisam ouvir. Como vamos ajudar a comunidade? O que nós queremos? O que aconteceria se levassemos a geração hip hop a votar?, ou a formar organizações para mudar as coisas? Isso seria poderoso.
Hip Hop é uma família, então todos tem que entrar nisso. Leste, Oeste, Norte ou Sul - nós viemos de uma costa e essa costa era a África. Essa cultura nasceu no gueto. Nascemos aqui para morrer. Estamos sobrevivendo agora, mas ainda não estamos crescendo. Se temo um problema temos que corrigí-lo. Não podemos ser hipócritas. É isso que espero que a geração hip hop possa fazer, levar todos nós para o próximo nível sempre nos lembrando: É tudo sobre manter a real, é tudo sobre manter o
correto."

DJ Kool Herc

----------------------------------------------------------



Afrika Bambaataa & Soul Sonic Force - Planet Rock_The Album (1986)

01 - Afrika Bambaata - Planet Rock
02 - Afrika Bambaata - Looking For The Perfect Beat
03 - Afrika Bambaata - Renegades Of Funk
04 - Afrika Bambaata - Frantic Situation
05 - Afrika Bambaata - Who You Funkin' With
06 - Afrika Bambaata - Go Go Pop
07 - Afrika Bambaata - They Made A Mistake

Para baixar clique aqui.

sábado, outubro 18, 2008

POST Nº 100 / SUGAR HILL GANG

POST Nº 100

Pois é, chegamos ao centésimo post aqui no Groove Grave. Valeu a todos que freqüentam, baixam e comentam. Um salve aí família, dei uma desanimada no caminho, mas to pronto pra mais duzentos. E que venham eles!

---------------------------------------------------------------------------

Suggar Hill Gang

O centésimo post não poderia ser sobre alguma coisa menos importante do que a Sugar Hill Gang, que gravou Rappers Delight, o primeiro rap gravado em disco, em cima do break de Good Times, sucesso da era disco (então já no seu final) da banda Chic.
Segue aí um trecho do livro “Can´t stop, won´t stop” sobre o impacto desse som nas palavras de quem viveu a época.

“Rappers Delight foi impressionante para mim”, disse Bill Adler, então um crítico musical do jornal Boston Herald que mais tarde trabalhou para a Def Jam, “não porque os artistas estavam rimando e não cantando. O que era impressionante era que durava quinze minutos. Boston tinha uma estação de rádio de música negra e era uma estação AM chamada WILD. Sempre que eles tocavam Rapper´s Delight – o que era o tempo todo – eles tocavam a versão de quinze mintuos inteira, o que nunca tinha acontecido com outras músicas.”
Mas na fronteira do universo do rap nas vizinhanças negras de Long Island, Chuck D, então um MC de 19 anos de idade, lembra do impacto de Rappers Delight de forma diferente. “Eu não pensava que era concebível alguma coisa tipo um disco de hip hop”, ele diz. “Eu não conseguia ver”. O famoso DJ Eddie Cheeba esteve em Log Island e tocou Good Times para os negros em maio, prometendo enquanto tocava que seu próprio disco de rap ia sair logo. “Eu pensei tipo, disco? Merda, como você vai colocar o hip hop em um disco? Porque era uma coisa inteira, entende? Como você vai colocar três horas em um disco??” Chuck disse. “Bam! Eles fizeram Rappers Delight”. E a ironia não é quão longa a gravação era, mas o quão curta era. Fiquei pensando, “ Cara, eles cortaram toda a merda em quinze minutos? Eram um milagre.”...
Os amadores da Sugar Hill Gang nunca tiveram uma DJ. Unidos em uma tarde em New Jersey, eles eram uma criação de estúdio que nunca havia pisado no palco até virarem um sucesso na rádio. Eles escreviam com ouvido de fã, e entusiasmo de iniciantes. ...
Ironicamente, Sugar Hill Gang ajudou a reviver a decadente cena dos clubes do Bronx. Mas ir aos clube tornou-se uma experiência mais passiva do que nunca. Os b-boys desapareceram e, diz Charlie Ahearn “Ninguém estava dançando. Rap virou o foco. MC´s estavam no palco e as pessoas ficavam olhando para eles”. DJs já não estavam no centro da música. A nova indústria do rap independente não tinha lugar para eles, além de alugar as bandas caseiras para copiar o espírito de suas manobras nos toca-discos. “Isso é 1980,” diz Ahearn. “Em outras palavras, o hip hop está morto em 1980. É verdade.”



The best of Sugar Hill Gang

1. Rapper's Delight
2. Hot Hot Summer Day
3. 8th Wonder
4. Showdown
5. Apache
6. The Lover in You
7. The Word Is Out
8. Kick It Live from 9 to 5
9. Livin' in the Fast Lane
10. Girls
11. Work, Work, the Body


Para baixar clique aqui.

---------------------------------------------------------------------------------



Sugarhill Gang - Rapper's Delight



DEF SQUAD - RAPPERS DELIGHT (Regravação feita pelos rappers da gravadora Def Jam para o disco In da beggining there was rap, cloetânea de clássicos do rap regravado por figuras atuais)

sábado, outubro 04, 2008

MECA

Image Hosted by ImageShack.us


Para baixar clique aqui!

MECA foi um som que me deu muito orgulho de fazer. O parceiro TI4GO mandou o beat por msn há um tempo atrás e na hora pensei: Foda esse beat! Merece um som à altura! A inspiração bateu na hora e comecei a esboçar a letra. Às vezes a letra vem antes do beat, mas gosto quando a parada rola do jeito que rolou MECA, escutar o beat e deixar ele te fazer falar algumacoisa sobre o que te faz sentir. Esse aí me deu uma egotrip, afinal quem nãoquer transformar a sua terra na nova MECA do rap? Semear bom som pra ver brotar mc..s, dj..s e bboy..s. O rap tá na seca, meio perdido, espero que esse som traga água,talvez não uma tempestade, mas as melhores sementes brotam até com a garoa, nénão? Assim vão crescer mais fortes! Longa vida aos persistentes! Tamojunto!

.. ..

P.S: TI4GO Beats é um dos grandes novos talentos no beatmaking, na sequencia tem mais sons meus em parceria com ele. Escutem os sons do cara em www.myspace.com/tiagobeats !

terça-feira, setembro 30, 2008

Pensando...


Ando pensando em abandonar o blog... se não postar mais é porque abandonei mesmo,muitas mudanças na vida, pouco tempo e muita coisa pra fazer! Vai saber...

FRASE DO POST: "Um passo adiante e você não está mais no mesmo lugar!" (Chico Science)

segunda-feira, agosto 11, 2008

D.E.P Isaac Hayes (1942-2008)



Segue abaixo notícia do Omelete sobre a morte de Isaac Hayes. A black music perde mais um mestre, o disco Hott Buttered Soul é uma obra prima que escuto até hoje, com certeza um dos 10 melhores discos que já escutei. Eu também gostava de Isaac como o Chef de South Park, e nem sabia dessa briga por causa da cientologia. Coincidência ou não ontem assisti um filme de western onde Hayes fazia o papel de um dono de bar de uma cidade do velho oeste ocupada só por negros. De qualquer forma: Descanse em paz!

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

Morre o ícone da soul music Isaac Hayes


Isaac Hayes foi encontrado morto em sua casa ontem. O compositor e cantor tinha 65 anos e estava ao lado de sua esteira, onde se exercitava com freqüência. A morte foi confirmada por sua esposa, Adjowa.

Nascido em 1942 em Convington, Tennessee, Isaac Hayes iniciou sua vida profissional como colhedor de algodão aos oito anos. Sua carreira musical começou como solista de um grupo chamado Teen Tones, como parte de um grupo de gospel, o Morning Stars, e um grupo de rock chamado The Ambassadors.

Obrigado mais de uma vez a deixar os estudos para trabalhar, Hayes terminou o ensino médio somente aos 21 anos, recebendo várias ofertas de bolsas de estudo que teve de recusar para cuidar da família. Fora da escola, passou a dividir seu tempo entre o trabalho num frigorífico durante o dia e em bares como músico à noite, até ser contratado pela gravadora Stax como pianista substituto em 1963. Uma de suas composições, "You, the Mistletoe and Me", deveria ter sido gravada por Nat King Cole, mas o cantor morreu antes que a gravação fosse feita.

Hayes lançou seu primeiro disco em 1968, Presenting Isaac Hayes, e atingiu o sucesso no ano seguinte com Hot Buttered Soul. Anos depois ele compôs o tema de Shaft com o qual venceu o Oscar de melhor canção em 1971 e ficou 60 semanas no topo da lista dos mais vendidos. Em 1976 Hayes declarou falência, perdendo o direito autoral de todas as suas músicas. Sua casa, sua limusine folheada a ouro e seus casacos de pele foram leiloados para pagamento de impostos.

Nos últimos anos Hayes ganhou um novo público como a voz do Chef de South Park, trabalho que ele deixou por discordar dos ataques do programa contra a Cientologia, seita à qual ele pertencia.

Matéria do site Omelete.

domingo, agosto 10, 2008

Literatura Marginal

Once again

E aí rapa, como sempre acontece o blog ficou abandonado no final do semestre, as aulas tomaram muito tempo e na divisão da agenda o Grove Grave sobrou. Vou postar algumas novas pra não perder o blog como meu camarada Leco perdeu o Lenda Viva pra globo.com, estreando agora o DA CHRONIC SPOT. A boa da semana é a 26ª Feira do Livro de Novo hamburgo onde vou participar de uma mesa sobre Literatura Marginal com minha camarada Cheron Moretti, Richard Serraria (Bataclã FC) e Ferréz (1da Sul). Tá aí a programação do dia:

18:30 – Painel: “Literatura Marginal” com:

Escritor Ferréz (SP)

Richard Serraria – FEEVALE

Rodrigo Perla Martins - FEEVALE

Rodrigo Miguel de Souza – UNIJUÍ – representante do HIP HOP

Cheron Moretti – Ulbra

Local: Espaço Cultural Albano Hartz (Calçadão de Novo Hamburgo)

-------------------------------------------------------------------------------



Dica de livro: MANUAL PRÁTICO DO ÓDIO

Autor: Ferréz

Foda esse livro, relata a vida dos moradores da periferia paulista e a convivência entre trabalhadores, policiais e criminosos enquanto um grupo busca bolar um assalto a banco. O livro no começo é meio caótico, sem mostrar muito onde as histórias se entrelaçam, até a execução do assalto mais parece uma colcha de retalhos, mas a partir daí Ferréz costura a coisa muito bem, passando a lembrar alguma coisa no ritmo de Cães de Aluguel ou aqueles thrilers policiais onde é impossível desgrudar da história.
O ritmo rápido faz o livro ser daqueles que se lê de um fôlego, apesar das quase 250 páginas. Só não gostei do tom de justificativa do narrador dado em algumas partes da primeira metade do livro. É como se Ferréz buscasse defender seus personagens, principalmente os mais humildes (que na verdade são personagens da vida real da periferia) dos erros de interpretação de leitores não preparados para a realidade da pobreza. Dá pra entender, e não tira o brilho da obra, que é um retrato fiel da forma como o desemprego, o subemprego e a marginalização do povo da periferia resulta em uma imensidão de reações bem mais complexas do que aquelas que a mídia demonstra e que só alguém que vive isso pode mostrar de forma tão real. Minha nota: 8,7

terça-feira, junho 03, 2008

Akrobatik / The Blues



A rádio Gambiarra comemorando seu 2°aniversário e ASDUAS Produções apresentam, pra borbulhar o cenário underground da boa música rap, pela 1°vez no Brasil, lançando seu novo álbum Absolute Value, direto de Boston, AKROBATIK e Dj SLOPFUNKDUST. Abertura por conta dos meus camaradas do CONSULTORIA (GT-DUMAFIGA / Novo Hamburgo) + Dj Maestro-Gambiarra, dia 7 de junho na FEELING'S CLUB em Porto Alegre, Av Venâncio Aires, 912, a partir das 23:00 horas. Ingressos a R$20 reais antecipados na loja microshop da galeria Malcon- centro de Porto Alegre e R$25 reais na hora. Maiores informações www.gambiarra.art.br
Interessados de Novo Hamburgo e região, informações 97042662 ou nousedcst@hotmail.com, com Eduardo.



Akrobatik - Absolute Value (2008)


01 A To The K feat. B-Real
02 Soul Glo
03 Put Ya Stamp On It feat. Talib Kweli
04 Step It Up
05 Rain feat. Brenna Gethers
06 Be Prepared feat. Little Brother
07 Absolute Value
08 Black Hell Breaks Loose feat. Willie Evans Jr. & Therapy
09 Kindred feat. Chuck D. & Brenna Gethers
10 Front Steps Pt. II (Tough Love)
11 Beast Mode feat. Mr. Lif
12 If We Can't Build feat. Bumpy Knuckles
13 Ak B. Nimble
14 Back Home To Yo

Para baixar clique aqui.


------------------------------------------------------------------------



Martin Scorsese presents The Blues - Part 1 - Feel Like Goig home (2003)

Esse é o primeiro dos 8 filmes/ documentários fodapacaralho produzidos pelo Martin Scorsese (Taxi Driver, Touro Indomável, Os Bons Companheiros, Os Infiltrados) sobre o blues, cada um dirigido por um grande nome do cinema. Feel like going home é dirigido pelo próprio Scorcese e é o meu preferido da série, já falei da parada aqui no blog, um bluesman jovem roda os EUA procurando conhecer mais sobre as raízes do blues e termina o filme indo pra Africa, fazendo a ligação entre a música de lá e o blues. Por coincidência os caras acham um tocador de pífano nos EUA e outro na Africa, pra quem não sabe o pífano também é tocado no nordeste do BRasil. Documentário 5 estrelas. Obrigatório pra quem quer conhecer mais de música negra e da cultura da diáspora. Quem puder corre atrás dos dvd´s que é foda a parada.
OBS.: Filme legendado em espanhol, mas fácil de entender.
Para baixar:

Parte 1

Pt.2
Pt. 3
Pt. 4
Pt. 5
Pt. 6
Pt. 7
Pt. 8

quarta-feira, abril 09, 2008

Coisas de Rua II



Tá dado o post da semana! Eu vou estar lá fazendo uma parte com meu mano Leco, depois de muito tempo e com sede de mic.



Vídeo do Coisas de Rua I - Consultoria, grupo do meu camarada Nose D, organizador da parada junto com o resto da família. Tamo chegando...

sábado, abril 05, 2008

Quinto Andar - Piratão (repost)



Quinto andar - Piratão -(Respost)

1. Oqueéoquintoandar
2. Rap do calote
3. Funk da Secretária
4. Melô da Propaganda
5. Pra falar de amor
6. Cara de Cavalo encontra De Leve
7. Montagem da Bandeira
8. Esse Planeta (Velhos Bons Tempos)
9. Vive pra servir, serve pra viver...
10. Melô do Piratão
11. Ritmo do nosso País
12. Madruga
13. A 1 Passo do Paraíso
14. Muita Falta de Anti-profissionalismo Dub
15. $$$
16. Melô dos Vacilão
17. Contratempo
18. Meu Amor Não me Abandone

Para baixar clique aqui.

domingo, março 30, 2008

Hip Hip - Cultura de rua



Hip Hip - Cultura de rua

1- Corpo Fechado (Thaide & Dj Hum)
2- Código 13 (Código 13)
3- Centro da Cidade (Mc Jack)
4- O Credo (O Credo)
5- Deus A Visão Cega (O Credo)
6- Homens Da Lei (Thaide & Dj Hum)
7- Gritos Do Silêncio
8- Calafrio (Melô Do Terror)
9- A Minha Banana (Mc Jack)
10- Vício (Mc Jack)
11- Cidade Maldita (Mc Jack)
12- Loucura (Codigo 13)
13- Teu Negócio É Grana (Código 13)
14- A Garota Da Casa (Código 13)

Para baixar clique aqui.

Pouco pra falar sobre esse disco aí, a primeira coletânea de rap feita no Brasil. Achei em disco de vinil com vizinho que nem tinha idéia do tesouro que guardava. Baixei em mp3 mas por algum motivo foi ripado com os nomes dos sons como se fosse a coletânea "Amigos", sim aquela sertaneja só com os mais podres da parada. Mas a parada tem valor histórico. No próximo post novidades sobre o evento "COisas de Rua". Peace y´all"

sexta-feira, março 21, 2008

Sampa Rap / Páscoa



Uma feliz páscoa a todos!
---------------------------------------------------------------------




Só clássico nesse disco aí (tá bom, tem o Balinhas do Rap mas tá valendo), dedicado aos que viveram essa época aí, quando rap de protesto ainda tocava na pista. Tem coisa de classe aí, nem falo do Fim de semana no parque que já foi hino, mas também da Vietnã do P9, que foi um G Funk bem produzido pra caralho na época, e também do Sampa Crew cantando Jorge Ben que ficou muito classe. É baixar e conferir.

Para baixar clique aqui.

quinta-feira, março 13, 2008

Groove Grave no Metro / Valete Demo



GROOVE GRAVE NO JORNAL METRO

Como os frequentadores devem ter percebido o blog anda abandonado de novo. Como sempre muita coisa pra ler, ouvir e viver por aí. Essa semana andei pensando em alguma coisa pra reanimar o blog. Por coincidência hoje encontrei uma amiga da cidade onde estou morando que leu o blog, gostou e indicou para uma amiga de POA que também gostou. E agora de noite de passagem lá pelo Só Pedrada vi que o Tamenpi postou uma notícia do jornal Metro que citou o blog dele, por coincidência o GROOVE GRAVE também foi citado pelo jornal paulista. Claro que o post só pode ser este hoje, logo mais volto com outros sons. Por enquanto só posso agradecer a todos que passam por aqui, mesmo que não comentem, afinal como disse o Parteum "eu só te toco por termos algo em comum". Paz e respeito!

Para ler a notícia clique aqui.

--------------------------------------------------------------------------------




Valete - Demo inédita

Para baixar clique aqui.

Esse som é versão demo dos versos que o Valete gravou pro som que acabou sendo o "Conexões", que gravamos em 2005 junto com o Gutierrez. Essa primeira versão tem letra totalmente diferente, com mais ênfase no flow do que a segunda, mais focada na mensagem, e foi gravada com o nome "Porto Alegre - Rough mix". Grande som de um grande rapper.

Letra:

Conspiração e Valete in big beats studios

Eu era aquele moleque de black q ouvias na creche
Com os 10 já ouvia Kool G rap e Das EFX
Sonhava ser melhor que Method Man e KRS
Em 97 no rap tu ja tinhas umas maquetes
Aos 17 já fazia bué sucesso no rap
Pra ser um wack profeta em K7´s de Bombejack
Em battles ensaduichei rappers man como baguete
Tornei-me um poeta inssurecto man assim como Garret
Sempre o mais rebelde rebobinado no teu deck
Vindo com o hip hop que quebra barreiras via internet
Conspiro em Porto Alegre com Leco e RMS
Continuo a reppar para wacks onde não existem checks
Não vou a festas onde dj´s wacks não fazem scratchs
Hip hop estabelece a controvérsia onde meu rap aquece
Na guerra e na miséria vou lhe amar como ele merece
O amor entre o verso e o papel chama-se MC Valete

-------------------------------------------------------------------------------


PROMOÇÃO O DILÚVIO/ SABOTAGE, NÃO ESQUECI DE VOCÊS

Um salve pro pessoal que comentou, infelizmente pela segunda vez a minha remessa de revistas "O Dilúvio" foi ROUBADA POR FUNCIONÁRIOS DOS CORREIOS, um novo pacote já foi encomendado, assim que estiver na mão vou mandar as revistas.

-------------------------------------------------------------------------------

DICA DE LIVRO: O teatro do bem e do mal, autor: Eduardo Galeano

Galeano é o jornalista autor de outros dos meus livros preferidos, "As veias abertas da América Latina" e "Dias e noites de amor e de guerra". Livro bom de ler quando não se tem muito tempo, pequenos trechos que valem muito. Sempre com muito bom humor, ironia e visão crítica ele bola as sacadas que te fazem repensar o ponto de vista que temos do mundo capitalista e acaba mostrando que a verdade está toda aí, é só abrir o olho e ver. Saiu pela L&PM pocket na faixa de R$ 10,00. Alguns trechos do livro que catei na rede:

Pórticos
Nosso sonho é um mundo sem pobreza. (Grande cartaz na entrada do Banco Mundial, em Washington).
O trabalho liberta (placa do campo de concentração de Aushwitz).

Fast food
Uma nova cadeia japonesa de restaurantes está competindo com sucesso com o McDonalds. Os clientes não pagam por prato e sim por tempo. Quanto mais rápido comem, menos pagam. O minuto custa trinta cêntimos de dólar. Só em Tóquio, já funcionam 180 destes postos de gasolina humanos.
.........................................................................................................................
Comparando os dados de diversos organismos internacionais (PNUD, UNICEF, FAO, OMS, Internacional for Strategic Studies), chega-se à conclusão de que o que o mundo destina a gastos militares durante onze dias daria para alimentar e curar todas as crianças famintas e enfermas do planeta, e sobrariam 354 dias para o nobre ofício de matar.
.........................................................................................................................
Globalização

Salário mínimo de um operário da General Motors nos Estados Unidos: dezenove dólares por hora. Salário de um operário da General Motors no México, no outro lado da fronteira: um dólar e meio por hora.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Cinco anos sem Sabotage (24/01/2003)




Texto meu publicado na edição deste mês da revista O DILÚVIO em memória ao grande Sabote. Os cinco primeiros comentários ganham na faixa uma edição impressa da revista. Comentem e deixem o email pra contato. Paz e respeito!


Cabeça de nêgo


Como se a benção da inspiração tivesse confundido o Brooklyn de Nova Iorque com o seu xará mais pobre, o Brooklyn de São Paulo, nasceu Mauro Mateus dos Santos. Preto, pobre e inspirado, porque pobre se não tiver inspiração não se cria. É sério, vai pensando que é fácil sorrir morando no Canão, na beira da água espraiada, onde “só falta água e quando chove alaga”. Aliás só quem ri da espraiada em São Paulo é o Maluf, lembrando da obra superfaturada em R$ 432 milhões. Mas voltando pro Mauro, foi daqueles que cresceu como todos ali, convivendo com “a música, o crime e o futebol”. E ele fez suas opções aqui e ali, juntou todas dando mais espaço hora pro samba, hora pro Corinthians, hora pro crime. Foi no crime que passou parte da infância, levando o respeito na cintura. Foi pro crime que perdeu o irmão que sempre citava nas letras. Foi ali que conheceu o rap, ainda no tempo da São Bento, participou do festival onde influenciou Pedro Paulo Soares da Silva a cantar rap, o mesmo Pedro que ia virar Mano Brown. No crime foi rebatizado, falsificando a assinatura da mãe na Febem ganhou do irmão o apelido que levou pra vida: Sabotage! E foi sabotando o que estava previsto que o mano driblou a vida, largou o crime, gravou o disco “O Rap é Compromisso” pela gravadora do Pedro Paulo, a Cosa Nostra, com ele foi eleito artista revelação do ano no prêmio Hutuz de 2002 (dez anos depois de começar a cantar rap), fez participações em tantos discos que nem lembrava mais, fez parte da trilha sonora e o papel dele mesmo no filme “O Invasor”, ensinou gíria pro elenco e beijou a bunda da Rita Cadilac no filme Carandiru e ainda mudou a cara do rap nacional indo pela contramão. Quando o rap se tornava cada vez mais sissudo e fechado, Sabote sorria seu sorriso sem dentes, cantarolava um samba antigo que dizia: “Se eu parar pra cantar tristeza meu tempo aqui não chega...”. Pra quem esperava o mito do rapper mau Sabote se mostrava simplesmente o “Maurinho do Canão”, preto, pobre, inspirado, falando sobre a vontade de subir no palco vestido de terno e gravata, só pra surpreender os que pensam que rap é roupa.
Assim como Chico Science foi o elo de ligação entre a lama e o mundo, o regional e o global, Sabotage foi o elo de ligação entre as várias correntes do rap, unia o discurso da favela com a levada do asfalto. Com ele o rap paulista ficou mais malandro, valorizou o jogo de palavras no verso, fez rap samba com o Instituto sem parecer imitação do Dr. Marcelo, mostrando que se pode falar de mulher em rap com todo respeito e poesia, afinal “todo malandro vira otário quando ama”. Às vezes nem precisava falar muita coisa, só citar o nome dos parceiros no verso, os presentes e ausentes, como ele mesmo dizia só pra falar que “se o crime fosse tudo isso esse pessoal todo ainda tava aqui”. Uma vez falou pro Napoli que se via no som do outro Chico, o Buarque, onde o cidadão morreu na contramão atrapalhando o sábado. Sabote viveu na contramão, da sociedade enquanto estava no crime e na contramão da onda de separações e brigas quando estava no rap, mas morreu em uma sexta-feira, 24/01/2003 na mesma mão que muitos outros pretos e pobres do país, baleado, uma morte sem inspiração se é que existe inspiração na morte. O elo foi perdido. O assassino? Não foi localizado, a mídia tratou como só mais um caso, a polícia tratou como a mídia. Uns dizem que um antigo desafeto matou Sabote, outros dizem que foi a inveja do seu sucesso. De repente foi o destino, que pisa na tentativa da mudança de caminhos escritos, e na coragem de se falar em construir um bom lugar morando no gueto do gueto. Sabote falou que as “estrelas nascem crescem evoluem e morrem”. Mas ele vive na memória daqueles que conheceram, ouviram e adotaram o rap como compromisso. Se bobear o Maurinho tá por aí, aparece volta e meia no verso de um, na gíria de outro, no alto falante de um carro, no toca-disco de algum outro preto, pobre e inspirado, talvez no Canão, no Brooklyn, na Santo Afonso, no Boréu, Alvorada, Alto Zé do Pinho, Vila Jardim...

Miguel RMS é MC e ainda acredita que é com humildade que se faz um bom lugar.