segunda-feira, agosto 11, 2008

D.E.P Isaac Hayes (1942-2008)



Segue abaixo notícia do Omelete sobre a morte de Isaac Hayes. A black music perde mais um mestre, o disco Hott Buttered Soul é uma obra prima que escuto até hoje, com certeza um dos 10 melhores discos que já escutei. Eu também gostava de Isaac como o Chef de South Park, e nem sabia dessa briga por causa da cientologia. Coincidência ou não ontem assisti um filme de western onde Hayes fazia o papel de um dono de bar de uma cidade do velho oeste ocupada só por negros. De qualquer forma: Descanse em paz!

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Morre o ícone da soul music Isaac Hayes


Isaac Hayes foi encontrado morto em sua casa ontem. O compositor e cantor tinha 65 anos e estava ao lado de sua esteira, onde se exercitava com freqüência. A morte foi confirmada por sua esposa, Adjowa.

Nascido em 1942 em Convington, Tennessee, Isaac Hayes iniciou sua vida profissional como colhedor de algodão aos oito anos. Sua carreira musical começou como solista de um grupo chamado Teen Tones, como parte de um grupo de gospel, o Morning Stars, e um grupo de rock chamado The Ambassadors.

Obrigado mais de uma vez a deixar os estudos para trabalhar, Hayes terminou o ensino médio somente aos 21 anos, recebendo várias ofertas de bolsas de estudo que teve de recusar para cuidar da família. Fora da escola, passou a dividir seu tempo entre o trabalho num frigorífico durante o dia e em bares como músico à noite, até ser contratado pela gravadora Stax como pianista substituto em 1963. Uma de suas composições, "You, the Mistletoe and Me", deveria ter sido gravada por Nat King Cole, mas o cantor morreu antes que a gravação fosse feita.

Hayes lançou seu primeiro disco em 1968, Presenting Isaac Hayes, e atingiu o sucesso no ano seguinte com Hot Buttered Soul. Anos depois ele compôs o tema de Shaft com o qual venceu o Oscar de melhor canção em 1971 e ficou 60 semanas no topo da lista dos mais vendidos. Em 1976 Hayes declarou falência, perdendo o direito autoral de todas as suas músicas. Sua casa, sua limusine folheada a ouro e seus casacos de pele foram leiloados para pagamento de impostos.

Nos últimos anos Hayes ganhou um novo público como a voz do Chef de South Park, trabalho que ele deixou por discordar dos ataques do programa contra a Cientologia, seita à qual ele pertencia.

Matéria do site Omelete.

domingo, agosto 10, 2008

Literatura Marginal

Once again

E aí rapa, como sempre acontece o blog ficou abandonado no final do semestre, as aulas tomaram muito tempo e na divisão da agenda o Grove Grave sobrou. Vou postar algumas novas pra não perder o blog como meu camarada Leco perdeu o Lenda Viva pra globo.com, estreando agora o DA CHRONIC SPOT. A boa da semana é a 26ª Feira do Livro de Novo hamburgo onde vou participar de uma mesa sobre Literatura Marginal com minha camarada Cheron Moretti, Richard Serraria (Bataclã FC) e Ferréz (1da Sul). Tá aí a programação do dia:

18:30 – Painel: “Literatura Marginal” com:

Escritor Ferréz (SP)

Richard Serraria – FEEVALE

Rodrigo Perla Martins - FEEVALE

Rodrigo Miguel de Souza – UNIJUÍ – representante do HIP HOP

Cheron Moretti – Ulbra

Local: Espaço Cultural Albano Hartz (Calçadão de Novo Hamburgo)

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Dica de livro: MANUAL PRÁTICO DO ÓDIO

Autor: Ferréz

Foda esse livro, relata a vida dos moradores da periferia paulista e a convivência entre trabalhadores, policiais e criminosos enquanto um grupo busca bolar um assalto a banco. O livro no começo é meio caótico, sem mostrar muito onde as histórias se entrelaçam, até a execução do assalto mais parece uma colcha de retalhos, mas a partir daí Ferréz costura a coisa muito bem, passando a lembrar alguma coisa no ritmo de Cães de Aluguel ou aqueles thrilers policiais onde é impossível desgrudar da história.
O ritmo rápido faz o livro ser daqueles que se lê de um fôlego, apesar das quase 250 páginas. Só não gostei do tom de justificativa do narrador dado em algumas partes da primeira metade do livro. É como se Ferréz buscasse defender seus personagens, principalmente os mais humildes (que na verdade são personagens da vida real da periferia) dos erros de interpretação de leitores não preparados para a realidade da pobreza. Dá pra entender, e não tira o brilho da obra, que é um retrato fiel da forma como o desemprego, o subemprego e a marginalização do povo da periferia resulta em uma imensidão de reações bem mais complexas do que aquelas que a mídia demonstra e que só alguém que vive isso pode mostrar de forma tão real. Minha nota: 8,7