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domingo, agosto 10, 2008

Literatura Marginal

Once again

E aí rapa, como sempre acontece o blog ficou abandonado no final do semestre, as aulas tomaram muito tempo e na divisão da agenda o Grove Grave sobrou. Vou postar algumas novas pra não perder o blog como meu camarada Leco perdeu o Lenda Viva pra globo.com, estreando agora o DA CHRONIC SPOT. A boa da semana é a 26ª Feira do Livro de Novo hamburgo onde vou participar de uma mesa sobre Literatura Marginal com minha camarada Cheron Moretti, Richard Serraria (Bataclã FC) e Ferréz (1da Sul). Tá aí a programação do dia:

18:30 – Painel: “Literatura Marginal” com:

Escritor Ferréz (SP)

Richard Serraria – FEEVALE

Rodrigo Perla Martins - FEEVALE

Rodrigo Miguel de Souza – UNIJUÍ – representante do HIP HOP

Cheron Moretti – Ulbra

Local: Espaço Cultural Albano Hartz (Calçadão de Novo Hamburgo)

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Dica de livro: MANUAL PRÁTICO DO ÓDIO

Autor: Ferréz

Foda esse livro, relata a vida dos moradores da periferia paulista e a convivência entre trabalhadores, policiais e criminosos enquanto um grupo busca bolar um assalto a banco. O livro no começo é meio caótico, sem mostrar muito onde as histórias se entrelaçam, até a execução do assalto mais parece uma colcha de retalhos, mas a partir daí Ferréz costura a coisa muito bem, passando a lembrar alguma coisa no ritmo de Cães de Aluguel ou aqueles thrilers policiais onde é impossível desgrudar da história.
O ritmo rápido faz o livro ser daqueles que se lê de um fôlego, apesar das quase 250 páginas. Só não gostei do tom de justificativa do narrador dado em algumas partes da primeira metade do livro. É como se Ferréz buscasse defender seus personagens, principalmente os mais humildes (que na verdade são personagens da vida real da periferia) dos erros de interpretação de leitores não preparados para a realidade da pobreza. Dá pra entender, e não tira o brilho da obra, que é um retrato fiel da forma como o desemprego, o subemprego e a marginalização do povo da periferia resulta em uma imensidão de reações bem mais complexas do que aquelas que a mídia demonstra e que só alguém que vive isso pode mostrar de forma tão real. Minha nota: 8,7